Quem nunca brincou com o fato de o Google, Microsoft e outras big techs terem praticamente todos os dados sobre seus comportamentos online? (Rindo de nervoso!)
Se o Natal não tivesse passado, eu brincaria que estávamos perto de descobrir quem era o Papai Noel da música “Santa Claus is coming to town”… (Ele vê quando você está dormindo, Ele sabe quando você está acordado, Ele sabe quando você foi mau ou bom).
Notícias da terra do Tio Sam
O Google não admitiu publicamente ter captado informações de seus usuários… porém, está fechando acordo com um grupo de pessoas que alegaram ter seus dados utilizados pela gigante do Vale do Silício… mesmo quando navegavam em modo anônimo!!!
A empresa foi acionada em uma ação judicial na Califórnia, EUA, que pedia indenização de US$5 bilhões. Antes da audiência, marcada para fevereiro, propôs um acordo. Alguns sites chegaram a afirmar que a bigtech teria confessado que acessava dados indevidamente. Contudo, as informações foram rapidamente retificadas, pois não houve declaração oficial de nenhuma das partes envolvidas no caso. (Informações do Terra e do G1)
E o que tiramos de lição com isso? Ainda temos muuuito o que falar e ainda precisamos dar muito mais atenção à segurança da informação. Nenhuma bigtech dirá que viola intencionalmente ou não as diretrizes de privacidade de dados. E ninguém quer que isso aconteça.
Então, cabe a nós a difícil tarefa de minimizarmos a exposição de nossos dados, tanto pessoais quanto das empresas onde trabalhamos.
O que o professor Marcelo fala sobre o assunto?
A GDPR e a LGPD regulamentaram muitas coisas, mas as empresas ainda têm muita dificuldade para implementar, especialmente no Brasil. Existe também um aspecto cultural que ainda vê esse tipo de proteção ao usuário como um obstáculo aos negócios. De toda forma, as leis são mandatórias, não cabendo escolher cumpri-las ou não.
Nem todos têm a confiabilidade do Google, e mesmo assim, há vulnerabilidades.
Prof. Dr. Marcelo Nogueira
O Google está nos EUA, onde o cumprimento das normas (como a ADPPA e a CPRA) é fiscalizado de maneira ainda mais severa. Existe muito rigor, então a probabilidade de algo assim acontecer é muito pequena. Esse acordo causa estranheza.
Para os brasileiros, embora a legislação seja outra, não faz sentido pensar em uma lógica de proteção diferente. Os servidores de dados do Google estão nos EUA, logo, os nossos dados devem passar pelo mesmo processo de segurança.
De toda forma, continue cuidando dos seus dados e escolha bem onde insere e em quais sites confia para manipulá-los. Nem todos têm a confiabilidade do Google, e mesmo assim, há vulnerabilidades.
O horizonte
Como dizia a música do Papai Noel… “É melhor você tomar cuidado”!
Brincadeiras à parte, o professor Marcelo está ansioso para falar ainda mais sobre este e outros temas.
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