CTA Tecnologia Educacional

Talentos na Geração Z: ache-os e mantenha-os

Já virou meme. Vaga para junior pedindo mil competências, 50 cursos, dois doutorados em Harvard e um Nobel. A vida exige muito? Sim.

Mas não podemos esperar profissionais 100% prontos porque isso não existe. Enquanto quisermos ter mão-de-obra humana, teremos que olhar para histórias por trás de currículos. Teremos de olhar para as competências existentes e aprimorar as que nem passaram pelo radar do candidato.

O risco: existe uma contradição

Mas, o que fazer com o dilema entre um mundo corporativo que quer profissionais prontos e perfeitos e recém-contratados que já chegam esperando o pior da empresa?

Há alguns dias foi divulgado o relatório de riscos globais do Fórum Econômico Mundial. Entre os insights, um bem escondido me chamou a atenção. Não porque era novidade, mas porque escancara uma realidade que temos ouvido, mas nos deixa até meio desanimados.

lista de riscos globais 2025 - Brasil
1º: recessão econômica
2º: dívida pública
3º: escassez de trabalho ou de talentos
4º: eventos climáticos extremos (enchentes, ondas de calor, etc)
5º: pobreza e desigualdade (riqueza, renda)
Fonte: Relatório de Riscos Globais 2025, Fórum Econômico Mundial

Dá uma olhada no item 3: “escassez de trabalho ou de talentos”. É claro que olhando os demais riscos, é fácil perceber o quanto eles estão interconectados (e o relatório inteiro destaca isso). Porém, essa é uma constatação difícil em tempos em que vemos exigências enormes, jovens sobrecarregados de informação e desmotivados com as perspectivas futuras, com o que viram os pais passarem, com o quanto a humanidade errou, com as próprias necessidades juvenis frustradas.

Nós também fomos jovens e eu não sei quanto a você, mas do lado de cá, o conflito de gerações também deixou marcas. E muitas vezes me pergunto até quando vamos deixar que o traço tóxico de uma geração vire o abuso da próxima.

Se tem uma coisa que na minha cabeça precisa ser normalizada é a compreensão de que uma geração vai escancarar as dores e mazelas da anterior. O que incomoda é que essa dinâmica muitas vezes implica um farol com uma luz perturbadora na cara das gerações mais “experientes”.

As gerações do século XX: Baby Boomers e Geração X

Vou falar mais adiante sobre a geração Z porque ela é a bola da vez, mas nós Millenials também fomos considerados fracos e mimizentos à nossa época. A geração boomer não aprendeu a ser didática e paciente em meio a tantos irmãos e dificuldades da reconstrução no pós-guerra. Foi trabalhar em um mundo ainda muito hierarquizado e com valores tradicionais arraigados.

Assim, a geração X aprendeu que só o trabalho salva e focou em enriquecer. O mundo já estava um pouco diferente, mas o trabalho ainda retribuía e essa era a crença. O amor à família se traduzia por quanto dinheiro se levava para casa e quanto conforto se podia prover.

Nenhuma dessas gerações teve muito equilíbrio entre autocuidado, tempo para a família e esforço em prol de conquistas pessoais.

Geração Y ou Millenials

Os millenials chegaram com um computador quase plugado no cérebro mas pensavam que teriam sucesso rápido como seus pais e avós. Deu ruim. Quando chegaram ao mercado de trabalho, as torres gêmeas já tinham caído, o Muro de Berlim caiu na geração anterior e a autoestima deles foi junto com tamanha instabilidade.

Somado a isso, essa geração presenciou em idade muito tenra inúmeras mudanças tecnológicas. Se, por um lado, isso os deu a capacidade de lidar com avanços e chegar ao mercado de trabalho tecnologicamente muito mais letrados do que seus antecessores, por outro, se viram obrigados a pegar muitas rotas para poder sobreviver e usar essas habilidades.

Geração Z

E chegamos ao pessoal da geração Z. Não vou chamá-los de Enzos porque esse meme ficou muito pejorativo ao longo do tempo. A gente já sabe que o processo de amadurecimento é individual e depende de ambiente. E é aí que eu ergo uma bandeira branca em nome dos Zês. Imagina crescer em um mundo hiperconectado, no meio de famílias tornadas caóticas pelo ritmo de trabalho múltiplo – necessário pra prover a mínima sobrevivência familiar em meio a uma sucessão de crises econômicas e aumento do custo de vida.

Vou parafrasear um poeta que eu gosto muito aqui. Cada geração sabe a dor e a delícia de ser quem se é. A questão é que, se as gerações anteriores normalizavam o abuso, isso começou a ficar cada vez menos comum. E, pra chegar num equilíbrio, pra onde o jovem vai antes? Pro outro extremo!

“Ain, mas na minha época, eu tinha que fazer o que mandavam”; “povo não aguenta, não quer trabalhar”; “molecada mimizenta”. Desculpa, mas esse comportamento, por mais disfuncional que seja, é um grandioso SINTOMA. É uma mazela da nossa sociedade e é aqui que a gente precisa ajudar a resolver.

O contraponto: a contradição precisa ser vista

Já tem empresas – maravilhosas ou desesperadas? Não sei! – pagando cursos, terapia, coaching, ofertando formação antes da contratação. E isso ajuda muito a dar mais oportunidades e promover mais amadurecimento pessoal e profissional.

É essa a realidade. E ela nos impõe essa necessidade. No fundo, tá todo mundo tentando dar seus pulos e sobreviver nessa selva que a gente chama de sociedade. Então, em vez de replicar as violências e abusos morais que sofremos no passado, por que não escolhemos fazer diferente? Tem gente que lamenta a dificuldade e está fazendo algo pra solucionar. Mas, sério, a gente vai continuar colocando a culpa no elo mais fraco que nem teve oportunidade de se fortalecer? O que a gente vai fazer com essa geração e com a humanidade a longo prazo?

Eu não vejo a geração Z como mimizenta e fraca. Tampouco estou enaltecendo comportamentos de irresponsabilidade – coisa que também é super comum entre os crescidinhos por aí. Eu simplesmente os vejo como pessoas congeladas pela realidade a que foram demasiadamente expostos. Sobrecarga emocional, informacional, social… Isso é papo pra outra hora, mas deixo aqui a provocação: como não ter uma resposta de congelamento num sistema nervoso tão hiperestimulado?

A gente fica chateado de ouvir tanta reclamação sobre a distância entre as perspectivas e expectativas dos contratantes e contratados. A gente acha de verdade que as pessoas são capacitadas e, que com um empurrãozinho a mais, elas podem voar e fazer companhias deslancharem em seus projetos.

Como solucionar?

Sabe aquela máxima “pra rir tem que fazer rir”? Por que não fomentar a formação continuada dos jovens e entender qual a história pessoal por trás do déficit profissional? Por que reclamar de outro ser humano muito mais jovem e com menos experiências e oportunidades como você já foi um dia?

Na nossa experiência, algumas coisas ajudaram muito a diminuir esse vão entre empregados e empregadores.

1.     Análise de Skills e Arquitetura de Cargos

Entender quem é o seu público (mesmo que interno) é essencial. Muitas empresas fazem recrutamento usando análise de perfil comportamental, mas a grande maioria ignora o poder disso. Aqui na CTA nós temos algumas possibilidades tanto para contratar, montar e reorganizar equipes e para entender se o problema está no time ou na expectativa dos líderes.

Arquitetura de Cargos CTA Tecnologia Educacional
Análise de Skills

Por meio de questionários estruturados e conversas de validação, nós conseguimos detectar qual o melhor perfil para uma determinada função e delimitar se as pessoas estão alocadas em funções que não são adequadas ao seu perfil pessoal e formação técnica. Quando alguém está com atribuição inadequada, ficará mais difícil executar o trabalho. O rendimento cai. Se a gente faz um plano para ela trabalhar em outro setor, atende algumas necessidades pessoais e cientifica as chefias da situação real, a empresa ganha novo fôlego.

Quando realocamos pessoas, ouvimos suas histórias, entendemos e orientamos as lideranças sobre a necessidade de equilíbrio nas expectativas, cobranças e entregas, é quase uma mágica. Um olhar externo e especializado ajuda a traçar um panorama mais correto do que pode melhorar. Isso já é capaz de promover pequenos milagres da vida real e deixar pessoas trabalhando mais felizes e integradas.

2.     Formação continuada

Quase toda empresa tem seus programas de ensino corporativo, com plataformas próprias ou terceirizadas. Nós também temos algumas opções que podem ajudar empresas a conquistar equipes ainda mais capacitadas.

A CTA University é o nosso braço de ensino e hoje conta com mais de 60 preparatórios para certificações profissionais internacionais e cursos livres em metodologias ágeis, gerenciamento de projetos, Inteligência Artificial, Ciência de Dados, negócios, cibersegurança e gestão de serviços de TI.

Clientes corporativos - prepare seu time por completo com habilidades técnicas e comportamentais.

Além disso, somos parceiros da UNIP – Universidade Paulista e coordenamos dois cursos de pós-graduação lato sensu pioneiros: Pós-graduação em Engenharia de Software (desde 2009) e MBA em Inteligência Artificial e Data Science Aplicadas a Negócios (desde abril/2022).

Pós-graduação CTA-UNIP: MBA - Inteligência Artificial e Data Science aplicadas a negócios
Pós-graduação CTA-UNIP: Engenharia de Software

Em todos os casos, o lifelong learning pode ser fomentado pela empresa ou cada pessoa pode escolher sua própria trilha de aprendizado em nossa loja e plataforma.

3.     Mentorias individuais e temáticas

Cursos online são maravilhosos, mas muitas empresas enfrentam um desafio e tanto ao buscar contribuir com profissionais que nem sempre retribuem e muitas vezes sequer engajam com as trilhas de conhecimento propostas pela empresa. Já ouvimos relatos de empresários que perceberam uma tendência de funcionários começarem a acessar plataformas de ensino somente quando estavam insatisfeitos e buscando nova colocação.

Como uma solução para esse drama, nós entendemos que as mentorias são um caminho mais estruturado e com acompanhamento mais próximo, uma necessidade e um diferencial em tempos de relações tão distantes. Em grupo ou individualmente, os profissionais têm encontros semanais ou quinzenais para desenvolver as competências necessárias para obtenção dos objetivos especificados no início do programa.

Nos intervalos, o mentorado terá tarefas práticas, leituras e aulas extra para aprimorar os conhecimentos adquiridos e o feedback das sessões é essencial para avaliar o progresso. Isso minimiza a falta de engajamento típica dos modelos de plataformas somente com aulas gravadas.

Resumindo

Encontrar talentos em qualquer geração é difícil e precisamos estar atentos às histórias e necessidades pessoais por trás de cada candidato que chega. Tirar nossos vieses e preconceitos é difícil, mas se quisermos trabalhar com seres humanos e não com robôs, esse vai ser o diferencial pro teu sucesso.

Se você tiver interesse em conhecer nossas soluções, entre em contato, agende um horário. Adoraremos conhecer a sua história, entender os seus desafios e necessidades para dar uma luz no que pode ser feito para solucionar cada cenário que você precisar.

Fale conosco. Entre em contato via whatsapp.

Um grande abraço!

Conte conosco!