Se o cliente não viu valor no seu sistema, o problema não está em você. Alguém tinha que entender o que ele queria. E se alguém não entendeu no passado, tudo bem. Você pode salvar o dia com o que eu vou ensinar nesse texto.
Sabemos que é quase uma arte e que pode ser um grande desafio alinhar as expectativas de quem solicita o software com as possibilidades técnicas e humanas do projeto até a hora das entregas. Confira o texto para dominar
Como um bom profissional de projetos de software, você sabe o quão importante é entender as necessidades e desejos do usuário final, não é mesmo? Mas como garantir que o software que você está criando realmente atenda às expectativas do cliente que você está atendendo?
Criar boas Histórias do usuário é um excelente começo!
Uma História do usuário é uma técnica de descrição de requisitos, não padronizada, que ajuda o time ágil a entender melhor as necessidades do usuário final. Ela consiste em uma descrição simples e concisa de uma funcionalidade ou recurso do sistema, escrita do ponto de vista do… adivinhe quem? O usuário, é claro!
Ao escrever uma História do usuário, você deve se concentrar no valor que ela traz para a pessoa que usará o sistema que você está desenvolvendo. Esse é o seu usuário final. E é para ele que você está desenvolvendo. Ter isso em mente ajuda o time a manter o foco nas necessidades do usuário em vez de apenas nos recursos do sistema. E, ao incluir detalhes sobre quem é o usuário, o que ele deseja e por que, você pode garantir que a equipe tenha uma compreensão completa do que está sendo solicitado.
As histórias do usuário em geral são expressas através de uma frase bem simples:
“Como [persona], eu [quero], [para quê].”
Explico:
“Como [persona]”
Aqui, temos que pensar: para quem estamos criando? Não estamos em busca de apenas um cargo, estamos em busca da persona, o que é algo muito mais completo – e também complexo, por que se trata de um ser humano. Precisamos atender às necessidades dela com nosso sistema. Nossa equipe deve ter um entendimento comum de quem é essa pessoa. A gente espera ter entrevistado várias delas. A gente entende como essa pessoa trabalha, como ela pensa e o que ela sente. A gente tem empatia por ela.
“Eu [quero]”
Aqui descrevemos a intenção da pessoa, não os recursos que ela usa. O que ela quer alcançar mesmo? Esta declaração não deve tratar de implementação – se estiver descrevendo qualquer parte da Interface do Usuário e não a meta do usuário, você ainda não entendeu bem o que é uma história do usuário. Pense no cotidiano dela e como o seu produto mudará positivamente o dia dessa pessoa. Sem floreios. Se essa pessoa está pensando em comprar uma bicicleta, não adianta você inventar uma funcionalidade sobre carros do futuro, por que ela talvez não se importe tanto com isso no momento.
[continua…]
“Para quê”
Pense: como a vontade imediata dele de fazer algo se encaixa no cenário geral? Qual é o benefício geral que ele quer alcançar? Qual é o grande problema que precisa de solução? No exemplo da bicicleta, pode ser que ao comprar uma bike, ele poderá se locomover mais rapidamente para o trabalho, economizar dinheiro, entrar para um clube de ciclistas, entrar em forma. Todas consequências diretas do benefício que ele busca com o seu produto.
Um outro exemplo
“Como Funcionário, eu quero saber qual o valor exato de FGTS que é depositado mensalmente para mim, com o intuito de planejar a compra de um imóvel”.
Esta estrutura não é necessária nem obrigatória, mas é muito útil para definir quando o projeto atinge o status “pronto”. As equipes podem e devem definir e seguir a sua própria estrutura. Quando essa persona pode obter seu valor desejado, então finalmente a história está completa. E com isso, você está mais próximo ao sucesso junto com todo o time.
A vitória é de todos os envolvidos
As Histórias do usuário, porém, não são apenas úteis para a equipe de desenvolvimento. Elas também ajudam a garantir que o usuário final esteja envolvido no processo de desenvolvimento desde o início. Isso significa que você pode coletar feedback e fazer ajustes mais rapidamente, economizando tempo e dinheiro, tendo um contato mais direto e franco com quem realmente precisa do sistema que você está desenvolvendo.
Então, se você quer garantir que sua equipe esteja focada nas necessidades do usuário final e criar um software de valor, comece a escrever melhor as suas Histórias do usuário a partir de agora.
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