Este ano foi de muito trabalho, estudo e evolução. Veja a seguir os meus 7 principais aprendizados consolidados.
Alimentação saudável
Hoje completei exatamente três anos sem fast-food. Eu reconheço que no dia-a-dia é muito prático recorrer a esse tipo de conveniência. No entanto, desde o final de 2019, mudei muito os meus hábitos alimentares. Quem faz jejum intermitente tem um período restrito de alimentação. No meu caso, 08 horas. Então preciso aproveitar esse intervalo para consumir nutrientes que me manterão saciado pelo período de jejum. Então, acostumei preparar os meus lanchinhos saudáveis intermediários para a minha janela alimentar. E com a Hélia não é diferente. Tanto dentro de casa como no escritório ou em viagem, não tem tempo ruim. Frutas, frutas secas, castanhas, legumes, verduras e outras particularidades gastronômicas que ela inova sem dó. Um lanche de salmão defumando com rúcula e molho de iogurte. Hamburger magro, brócolis com arroz basmati ou negro. Lentilha rosa, feijão azuki, trigo mourisco, açúcar de coco, temperos totalmente naturais, nada disso estava no meu dia-a-dia. Sem contar que cada produto é escaneado e consultado no App Desrotulando. Não se consome nada que tenha nota ruim. E nada como você ver na mesa um abacate e depois surgir um mousse de chocolate feito dele. Diante disso, aqueles 60 Kg emagrecidos estão virando uma história cada vez mais distante, permitindo novas metas no futuro.
Exercício Físico
Dentre tantas mudanças de hábitos dos últimos 3 anos, eu incluí a prática de exercícios físicos. Esse ano foi a vez da eletroestimulação. Há muitos anos já tinha usado aquele “Total Shape” das propagandas. Era interessante, mas muito “fraquinho” para o meu tamanho na época. Pelo menos duas vezes por semana, nós vamos para a atividade. Somente 20 minutos por dia. Parece, mas não é pouco. O grande erro é criar uma conexão que fazer exercício físico emagrece. Ele é um aliado. E sem ter prazer em realizá-lo com alimentação adequada, esquece. O estresse de fazer algo que não te realiza, é equivalente a um trabalho ou relacionamento tóxico. Com regularidade semanal, me mantive durante todo o ano. Foram quase 40 check-ins, no Gympass. Mas vou aumentar a frequência.
Atividades de Desaceleração
Não é à toa que percebemos que os altos índices de burnout só sobem. O que não podemos fazer, é aceitar que a vida é assim mesmo e seguir desse jeito. Se você está sentindo cansaço, fadiga, perdendo a paciência com qualquer coisa, pare por um instante. Faça qualquer coisa que goste muito por alguns minutos. Vai perceber a diferença. Não é mais possível viver sem equilíbrio. Paradas durante a jornada são necessárias. Durante o dia, no meio da semana e nos finais de semana. E quando acontece sem planejar é melhor ainda. Não coloque tudo na agenda. Quem está no comando? Você ou ela? Se deixar ela vai te sufocar. Então, deixe no seu radar tempos livres. Nesses momentos você vai focar em algo faça você mudar de “seletor” de verdade, uma viagem por exemplo. Eu fiz durante todo o ano. Vou incorporar mais as práticas de meditação, por exemplo. Todas as vezes que fiz, senti muita diferença, logo após.
Trabalhe num ritmo sustentável
Existem atividades que temos que esticar o horário. É inevitável. Porém devemos também imediatamente compensar com alguma atividade dispersiva. Após algumas jornadas mais intensas, o descanso é fundamental para ter um rendimento sustentável. Se você anda trabalhando muito mais do que o recomendado, eu posso lhe afirmar que está lidando com uma “bomba relógio armada pronta para explodir”. O equilíbrio (homeostasia) torna a vida produtiva em todos os aspectos. O home office atenuou quem já não vinha administrando bem o seu tempo e dividindo as atividades de lazer, trabalho e estudo. Tudo tende a ir para os extremos. E isso nunca é bom. Monte um dia-a-dia com atividades intercaladas e variadas. Isso tira você daquela rotina, em que se repete sempre as atividades e do mesmo jeito, para evoluí-las e explorá-las de forma que obtenha mais prazer em realizá-las. Não existe proporcionalidade adequada. Existe a necessidade de equilibrá-las. Só isso. Não se trata de um exercício simples de ser feito. Requer dedicação, muita disciplina e autoconhecimento.
Conexões Pessoais
Após quase três anos de pandemia, nos acostumamos ao trabalho remoto. De fato, é muito mais prático e rápido para quase tudo. Mas como fica a nossa necessidade de contato social? Tivemos a nossa mentoria “Muito Além do Código” híbrida. Os encontros presenciais foram muito importantes para restabelecer as conexões entre os professores e alunos que estavam muito distantes. Então, quero ampliar esses encontros no próximo ano. Somos seres sociáveis e necessitamos desses momentos!
Ir ao teatro
Na minha vida passada, dentro dessa vida, não adquiri o hábito de participar de atividades culturais. Muito provavelmente pela carga horária excessiva de trabalho e estudo durante duas décadas. No período infanto-juvenil, não tenho lembranças de ter ido também. Então, reforçamos na vida adulta o que não praticamos nesse período de formação. Nos últimos anos acumulo somente quatro idas. Todas tiveram impacto positivo na minha vida. Durante aqueles minutos mágicos você pode refletir sobre tantos aspectos e tirar muitas lições. Os espetáculos foram: “O Vendedor de Sonhos”, “Candlelight Rock”, “A Christmas Carol” e “O Quebra Nozes”. A experiência é incrível e vou ampliar essas idas ao teatro.
Não terceirize os seus projetos
É comum e não deveria ser normal deixarmos nossos projetos pessoais e profissionais na mão de quem não tem poder de decisão para isso. Damos atenção sem perceber que as vezes as intenções não são as melhores. Passei 2022 incomodado com algumas coisas que ouvi. É claro que não foi a primeira vez que “soltaram” no mercado que o que vale mesmo é somente a experiência. E que ensino formal é bobagem, mera perda de tempo. Quero usar somente alguns exemplos para mostrar que essa história é uma das maiores falácias que você já poderia ter ouvido. Quando você tem idade para tirar a carteira de motorista. Você vai para a autoescola. Lá você não aprende a dirigir? Aprende o mínimo necessário suficiente para ter a habilitação. E é obvio que o dia-a-dia você vai aperfeiçoar, porque a base você já adquiriu. Como seria a sua experiência sem nunca ter tido nenhuma base? É possível aprender uma coreografia, ler uma partitura, a programar sozinho? Claro que sim, através de leituras, vídeos etc. Alguém transfere para você o que ele aprendeu. No estágio eu aprendo mais que na faculdade. Será? Tira tudo que aprendeu na faculdade, utilize somente vontade e motivação para codificar software ou gerir um projeto. Vai demorar muito mais tempo para conseguir. Estamos nos acostumando a desvalorizar as atividades dos outros, mas esperamos valorização nas nossas. Que tal construirmos juntos? E o primeiro passo é respeitar e valorizar tudo que nos foi passado desde a educação de nossos pais até das escolas. Você tem um raciocínio brilhante. Resultado de dom e treino. Muito treino que aquele professor do ensino fundamental, médio e superior te propiciaram através de muitas horas se dedicando para elaborar as suas aulas. Já passei por esse doutrinamento de que só trabalho e experiência têm valor. Só sei que não termina bem. Cria-se gaps que ao longo do tempo são insustentáveis. Não caia nessa. Pense nas razões pelas quais temos quase um milhão de vagas na área de TI sem preenchê-las. Na velocidade das transformações que vivemos atualmente, as suas escolhas poderão comprometer o seu futuro. E a única coisa que é irreversível na vida é o tempo. Não tem jeito, ele não volta atrás!
Espero que esses aprendizados também o ajudem na sua jornada.
Um Feliz Ano Novo.
Sucesso sempre!
Prof. Dr. Marcelo Nogueira